Corte no IPI pode gerar queda de até 4,1% nos preços dos carros, diz Anfavea
08/03/2022 (19hs17m) - O governo federal reduziu as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida alivia a carga tributária na produção de automóveis, eletrodomésticos da chamada linha branca - como refrigeradores, freezers, máquinas de lavar roupa e secadoras - e outros produtos industrializados. O texto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, consta do Diário Oficial da União (DOU).
Para a maior parte dos produtos, a redução foi de 25%. Alguns tipos de automóveis tiveram redução menor na alíquota, de 18,5%. Produtos que contenham tabaco não tiveram redução do imposto.
A Anfavea, associação que representa as montadoras, estimou entre 1,4% e 4,1% o impacto potencial nos preços dos carros vindo do corte de 18,5% das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicadas nas vendas de veículos.
Depois de a indústria registrar o primeiro bimestre mais fraco nas vendas de veículos dos últimos 17 anos, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, manifestou confiança de um impacto favorável do IPI menor a partir de março.
De acordo com cálculos informados pelo Ministério da Economia, a redução do IPI representará uma renúncia tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022, de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e de R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024.
Luiz Carlos Moraes da Anfavea pondera “Estamos passando por um aumento de preços absurdo, mas várias montadoras já anunciaram redução de preços”, destacou. Segundo o porta-voz da indústria de automóveis, a decisão de repassar o corte no IPI depende de cada marca, porém a tendência, na maioria dos casos, é de a desoneração chegar ao consumidor final.

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