Sem dinheiro nem para demitir, Correios buscam empréstimo de R$ 20 bilhões
- Folha de Jaraguá

- 17 de out.
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17/10/2025 (12hs34m) - Afundados em uma crise sem precedentes, os Correios anunciaram nesta quarta-feira (15) que estão em negociação com bancos para obter um empréstimo de R$ 20 bilhões. O objetivo é tentar equilibrar as contas da estatal, que enfrenta sérias dificuldades financeiras desde 2024.
O presidente Emmanoel Schmidt Rondon, no cargo há menos de um mês, confirmou que o contrato de crédito ainda está em fase de negociação e faz parte de um plano de reestruturação financeira.
A situação é crítica. No primeiro semestre de 2025, a empresa registrou prejuízo de R$ 4,3 bilhões, mais que o triplo do resultado negativo de 2024. O rombo crescente ameaça comprometer a capacidade operacional dos Correios, que já avaliam medidas como demissão voluntária, venda de imóveis e renegociação de contratos.
A meta da nova gestão é estabilizar as finanças até o fim de 2026 e devolver a lucratividade à estatal a partir de 2027. O desafio, no entanto, é enorme — e o empréstimo bilionário pode ser a última cartada antes de um colapso financeiro total.
Durante o governo Bolsonaro os Correios registraram lucro corrente histórico de R$ 3,7 bilhões em 2021. O valor superou em 101% o apresentado em 2020. Havia sido o terceiro ano seguido em que a empresa apresentava resultado positivo. Os resultados econômico-financeiros de 2021 da estatal foram impulsionados pelo período de pandemia onde a população sem sair de casa fazia compras e recebia nas residências .
Uma das situações apontadas como causa das dificuldades financeiras dos Correios no atual governo foi a imposição da taxa das “blusinhas” sobre produtos chineses, que acabou tirando da estatal o monopólio das entregas e reduzindo ainda mais a sua margem de lucro.



















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