População evangélica cresce no Brasil e chega a 26,9%
- Folha de Jaraguá

- 10 de jun.
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07/06/2025 (12hs59m) O percentual de evangélicos no Brasil alcançou o maior patamar histórico, com 26,9% da população, mas o crescimento do número de pessoas protestantes perdeu ritmo no país. Os dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira mostram que o país segue com maioria de católicos. No entanto, a quantidade de seguidores ido catolicismo teve queda de 8,4 pontos percentuais em 12 anos, alcançando o menor nível já registrado desde 1872. Neste período, cresceram os adeptos da umbanda e do candomblé; pessoas sem religião; e outros segmentos religiosos (judaísmo, islamismo, budismo, etc).
Em 2022, os evangélicos registraram sua menor taxa de evolução desde 2000. O avanço neste ano foi de 5,3 pontos percentuais. Nas duas edições anteriores do Censo essa taxa foi maior do que 6. Ainda assim, este é o segmento religioso que mais vem ganhando adeptos no país e praticamente triplicou em 30 anos. Em 1991, 9% da população brasileira afirmou fazer parte de alguma vertente evangélica. Agora, são 26,9%.
De acordo com Maria Goreth Santos, analista responsável pelo tema no IBGE, os evangélicos têm atraído novos fiéis estando mais presentes em diferentes esferas públicas e também flexibilizando alguns paradigmas.
— Antes havia a defesa de valores morais e éticos muito acirrados, com a ideia de que a pessoa não podia se identificar com os valores mundanos. E isso tem mudado bastante. Agora há um foco maior na teologia da prosperidade, a crença de que não há problema em alcançar a prosperidade. Isso flexibiliza esse comportamento mais moralista e atrai mais pessoas — avalia.
No Brasil, há 244 municípios com predomínio de evangélicos — ou seja, em que este é o maior grupo religioso na cidade. Destas, 58 já têm maioria (mais da metade da população) que se identifica com alguma vertente religiosa desse tipo. Além do avanço de novas denominações em centros urbanos, o Brasil ainda têm muitas cidades com predomínio evangélico herdado da colonização alemã.
Católicos perdem força
Já os católicos mantiveram a trajetória de queda que vem se acentuando desde 1980, quando 89% da população afirmou que professava essa fé. Em 2022, a proporção caiu para 56,7%, o que corresponde a 8,4 pontos percentuais a menos que 12 anos atrás.
Apesar disso, o país ainda tem predomínio de católicos em 5,3 mil dos 5,5 mil municípios brasileiros. Em 4,8 mil dessas cidades também há maioria de fiéis dessa religião — ou seja, mais da metade das pessoas se declarou católica.



















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