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Moradores deixam Teerã em massa sob medo de novos ataques

  • Foto do escritor: Folha de Jaraguá
    Folha de Jaraguá
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura

17/06/2025 (07hs49m) - Moradores deixam Teerã em massa sob medo de novos ataques - Bombardeios israelenses em áreas residenciais da capital do Irã levaram população a fugir. Donald Trump pediu aos iranianos que deixem a cidade "imediatamente". País não tem bunkers para civis nem sistemas de alerta. Na última sexta-feira, 13 de junho, o Exército israelense lançou um ataque sem precedentes contra o Irã, numa tentativa de interromper o programa nuclear da República Islâmica. Em menos de cinco dias, porém, os mísseis israelenses passaram a mirar também alvos em Teerã, a capital iraniana, levando a população a deixar a cidade às pressas.


As redes sociais foram tomadas por vídeos que mostram quilômetros de congestionamentos nas estradas e nas saídas da cidade. Longas filas se formaram também nos postos de gasolina e o combustível rapidamente se tornou escasso. "É difícil de acreditar, estamos no meio de uma guerra", relatam moradores em um desses vídeos.

A incerteza sobre o próximo alvo israelense tem impulsionado os iranianos a deixar a capital. "Não se sabe quando, e pior ainda, onde o próximo míssil poderá cair”, dizem testemunhas em outro vídeo.


O medo se acentuou após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicar nas redes sociais que os 10 milhões de moradores deveriam deixar a cidade "imediatamente". Segundo a agência de notícias DPA, partes da cidade já estão completamente desertas.


"Civis presos em fogo cruzado"


"Os civis iranianos estão presos em fogo cruzado", disse à DW a analista iraniano-americana Holly Dagres, pesquisadora sênior do Washington Institute.


"Os iranianos estão profundamente chocados e assustados neste momento. Por 46 anos, viveram numa república islâmica que, essencialmente, faz guerra contra seu próprio povo. Essa situação é resultado das decisões de um regime que o povo já não quer", disse a especialista sobre o regime comandado pelo aiatolá Ali Khamenei.


"Os iranianos não querem guerra nem derramamento de sangue. Estão completamente impotentes diante dessa situação", afirmou.


Muitos não sabem como se proteger nem para onde fugir. Ao contrário das cidades israelenses, a capital iraniana não conta com abrigos antiaéreos. Por isso, o Irã anunciou que começaria a abrir mesquitas, estações de metrô e escolas para servirem como abrigos improvisados para civis.


A declaração provocou uma onda de indignação nas redes sociais. Muitos usuários iranianos criticaram a ausência de proteção contra a população.


"Esta não é uma guerra entre os povos iraniano e israelense, e deve acabar o quanto antes", escreveu o sociólogo Mehrdad Darvishpour, professor na Universidade de Mälardalen, na Suécia, à DW.


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