Juíza diz que bandeira do Brasil virou símbolo de Bolsonaro e presidente reage
15/07/2022 (06hs55m) - Uma juíza do Rio Grande do Sul afirmou que a bandeira do #Brasil será considerada propaganda eleitoral a partir do início oficial da campanha, em 16 de agosto. Com isso, a exibição teria que obedecer a certos requisitos legais, como horários e locais determinados.
Ana Lúcia Todeschini Martinez, titular do cartório eleitoral de Santo Antônio das Missões e Garruchos, fez a declaração durante uma reunião com representantes de partidos, na semana passada.
Em entrevista à Rádio Fronteira Missões, ela explicou sua posição: “É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né? Hoje a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional como símbolo dessa ideologia política”, disse Ana Lúcia.
Ela destacou que “não existe mal nenhum nisso”, mas que é necessário que a exibição passe a respeitar a legislação para propaganda eleitoral. “Se ela tiver fixada em determinados locais, a gente vai pedir para retirar”, explicou.
Seu entendimento, no entanto, deverá ser analisado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após consultas dos partidos.
O presidente Jair Bolsonaro reagiu nesta quinta-feira às falas da juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez.
“É absurdo querer proibir o uso da bandeira do Brasil sob justificativa eleitoral. Não tenho culpa se resgatamos os valores e símbolos nacionais que a esquerda abandonou para dar lugar a bandeiras vermelhas, a internacional socialista e pautas como aborto e liberação de drogas”, escreveu o presidente nas redes sociais.

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