Instituto Cerrado na mira: vereador Fabrício Peixe critica restrição a catadores de papelão
- Folha de Jaraguá

- 21 de out.
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21/10/2025 (21hs06m) - O vereador Fabrício Peixe (Republicanos) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Jaraguá para questionar a atuação do Instituto Cerrado na coleta de materiais recicláveis em supermercados do município. Segundo ele, representantes do instituto têm impedido catadores independentes de trabalharem.
“Eles têm ido aos supermercados e cercado (impedido) os catadores de papelão de atuar, sendo que em Jaraguá existem cerca de 25 deles”, afirmou o parlamentar.
Fabrício destacou que cada catador ganha, em média, R$ 2 mil por mês, e estimou que o comércio de papelão na cidade movimente entre R$ 50 mil e R$ 60 mil mensais.
O vereador também criticou a entrevista concedida pelo diretor do Instituto Cerrado à Rádio Sucesso FM, dizendo que as explicações apresentadas não o convenceram. Segundo ele, a Prefeitura de Jaraguá paga R$ 108 mil por mês ao instituto — um contrato que, na avaliação do parlamentar, poderia ter melhor destino, como investimentos na saúde pública.
“Não é justo gastar R$ 1,2 milhão só para ver a empresa ir aos supermercados pagar por papelão e cercar os catadores”, criticou.
Fabrício Peixe afirmou ainda que não há lei municipal que obrigue os supermercados a repassar materiais recicláveis ao Instituto Cerrado como condição para a renovação do alvará de funcionamento.
“Estão dizendo que essa lei existe em outros municípios e que vão mandar algo semelhante para a Câmara. Quero deixar claro que isso é um absurdo”, declarou.
Por fim, o vereador questionou que o instituto pretende contratar apenas seis ou sete catadores, deixando de fora a maioria dos trabalhadores. Ele cobrou da Prefeitura a criação de um plano de amparo aos demais, lembrando que não existe mais o antigo lixão, onde muitos sobreviviam.

















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