Falta de verba desliga radares em rodovias federais a partir de agosto
- Folha de Jaraguá

- 12 de ago.
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12/08/2025 (07hs55m) - A partir de 1º de agosto de 2025, motoristas que trafegam por rodovias federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deixarão de ser fiscalizados por radares fixos e lombadas eletrônicas. O motivo é um corte de aproximadamente 88% no orçamento destinado ao Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade (PNCV).
O governo federal havia estimado a necessidade de R$ 364,1 milhões para manter os equipamentos em funcionamento durante o ano, mas apenas R$ 43,3 milhões foram liberados pela Lei Orçamentária Anual. Com o valor reduzido, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) afirmou que não há recursos para custear a manutenção e operação dos aparelhos.
O impacto já é sentido no Rio Grande do Sul, onde todos os controladores de velocidade instalados em rodovias federais foram desligados no início de agosto, incluindo equipamentos recém-implantados. Em estados como a Paraíba, a suspensão também foi confirmada pelo DNIT. Apenas trechos concedidos à iniciativa privada seguirão com fiscalização eletrônica.
Entidades como a Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (ABEETRANS) alertam para o risco de aumento de acidentes e mortes, já que o controle de velocidade é considerado um dos principais instrumentos para reduzir ocorrências graves. O corte ameaça as metas do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS).
Como medida paliativa, o DNIT promete reforçar a sinalização, promover campanhas educativas e intensificar o uso de radares móveis. Especialistas, porém, avaliam que tais ações não compensam a ausência de fiscalização contínua.
A paralisação pode ainda gerar ações judiciais, com órgãos e associações pressionando o governo a restabelecer o serviço para garantir a segurança nas estradas federais.

















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