Empresário de apostas esportivas é condenado por golpe de 50 milhões em Anápolis
30/08/2022 (11hs32m) - Preso no começo de abril acusado de aplicar um golpe milionário em dezenas de vítimas em Anápolis por meio de promessas de retorno financeiro com apostas esportivas on-line, o empresário Henrique Saccomori Ramos, de 29 anos, foi condenado pela Justiça a 7 anos e meio de prisão, em regime semiaberto, relativo ao crime de estelionato contra cinco vítimas.
Apesar de não haver um número certo de vítimas nem de valores envolvidos, a Polícia Civil chegou a dizer que Henrique teria conseguido mais de R$ 50 milhões com o golpe.
Ao todo há 58 processos na Justiça contra Henrique desde que o golpe foi denunciado pelas vítimas e ele foi preso tentando fugir para o exterior no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), no dia 2 de abril.
Muitos destes processos são coletivos e na esfera cível, e a maioria foi protocolada pelas próprias vítimas. O caso que gerou a condenação foi impetrado pela Polícia Civil após a abertura do inquérito criminal pelo qual o empresário está preso há quase 5 meses.
A decisão da juíza Marcella Caetano da Costa, da 5ª Vara Criminal, é de 25 de agosto e envolve cinco vítimas que teriam deixado com Henrique em torno de R$ 1 milhão. Um dia antes, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) ofereceu uma nova denúncia.
Este novo processo teve como origem outro inquérito policial pelo mesmo golpe, envolvendo mais seis vítimas que, juntas, alegam ter perdido cerca de R$ 4 milhões com Henrique.
O caso veio à tona no dia 30 de março, quando as vítimas receberam um áudio do empresário informando que perdeu nas apostas on-line 99,88% dos valores depositado por eles. Depois, mandou uma mensagem informando que fora, na verdade, sequestrado por uma quadrilha internacional que roubou todos os recursos.
Por fim, passou a dizer, segundo a Justiça, que havia sido vítima de um golpe pela própria plataforma onde supostamente fazia as apostas.
A defesa de Henrique pediu pela absolvição por ausência de dolo, reconhecimento da confissão espontânea e substituição da pena privativa por medidas restritivas, mas a Justiça não acatou os pedidos principalmente porque ele não admitiu o crime na suposta confissão.
O empresário segue preso porque há contra ele pelo menos mais uma prisão preventiva concedida pela Justiça em outro processo. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.
A mulher de Henrique chegou a ser detida com ele no dia 2 em Guarulhos, mas foi solta no dia 20 e, segundo a Polícia Civil, foi constatado que ela não tinha envolvimento nos golpes aplicados.

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