Desempregada e morando com os pais, Geração Z causa rombo de US$ 12 bi no consumo
- Folha de Jaraguá
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19/11/2025 (11hs52m) - A Geração Z não está bem — esse é o diagnóstico oficial da Oxford Economics após uma profunda análise das perspectivas econômicas desse grupo. De fato, o mercado de trabalho travado — sem contratações nem demissões —, moradia cara e baixo crescimento salarial apontam para um cenário em que os trabalhadores mais jovens podem enfrentar “cicatrizes de longo prazo”, segundo estudo.
Mas o futuro sombrio da Geração Z não afeta apenas esses jovens — está tendo consequências mais amplas na economia como um todo. Um novo relatório da Oxford Economics revela não apenas o nível de atividade perdido porque a Geração Z não consegue entrar no mercado de trabalho, mas também o impacto financeiro de ainda viver com os pais — e, como resultado, consumir menos.
relatório, intitulado “As coisas não vão bem com os jovens”, descreve como US$ 12 bilhões por ano são perdidos porque os mais novos gastam menos com moradia, transporte e alimentação ao continuar vivendo na casa da família.
Um dos principais fatores que determinam as perspectivas da Geração Z é o mercado de trabalho, onde a taxa de contratação está em queda desde 2022 e agora registra 3,2%, bem abaixo da média histórica e semelhante ao período da pandemia de covid.
“Para os jovens trabalhadores, o estado do mercado de trabalho é a peça mais importante do quebra-cabeça para determinar a saúde econômica geral, já que esses indivíduos ainda não tiveram a oportunidade de acumular riqueza”, escreve a economista associada Grace Zwemmer.
“Jovens trabalhadores são mais vulneráveis a recessões, e um mercado de trabalho fraco pode ter impacto negativo duradouro no crescimento salarial e no potencial de ganhos.”
Candidatos da Geração Z — atualmente entre 13 e 28 anos — enfrentam múltiplas barreiras para conseguir um emprego. Com as contratações em queda, o desemprego cresce especialmente rápido entre os menos experientes: a taxa de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos está bem acima da média nacional.
Enquanto o índice geral dos EUA gira em torno de 4% (média móvel de três meses), quem tem entre 16 e 19 anos enfrenta 14%, e aqueles entre 19 e 24 anos ficam em cerca de 9%, segundo dados da Oxford.












