Consumidores de Goiás ficaram até 62 horas sem energia em 2024, aponta Aneel
- Folha de Jaraguá
- 23 de abr.
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20/04/2025 (11hs33m) - Consumidores de Goiás ficaram até 62 horas sem energia no estado. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O levantamento mostra que a Equatorial Goiás, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no território goiano, descumpriu os limites de duração e frequência de interrupções estipulados. Em 107 dos 147 conjuntos de unidades consumidoras (72% do total), o tempo de queda ultrapassou o permitido. Em 76 conjuntos, o número de interrupções foi superior ao máximo estabelecido.
O caso mais crítico foi registrado no conjunto Britânia, onde os consumidores ficaram, em média, 62,2 horas sem energia em 2024 – o limite da Aneel era de 23 horas. A região atende ainda parte dos municípios de Aruanã, Itapirapuã, Jussara, Matrinchã, Montes Claros e Santa Fé de Goiás.
Já a frequência de quedas foi mais alta no conjunto Matrinchã, que abrange áreas de Araguapaz, Aruanã, Britânia, Faina, Goiás, Itapirapuã e Jussara. Os moradores enfrentaram 26,98 interrupções no ano, mais que o dobro do limite regulatório (12).
Goiânia tem os melhores resultados
Enquanto o interior sofreu com falhas recorrentes, a capital registrou os melhores indicadores. No conjunto Ferroviário 52, por exemplo, os consumidores tiveram apenas 0,88 horas sem energia e 0,56 interrupções em média – abaixo dos limites de 7 horas e 5 quedas, respectivamente. Os cinco conjuntos com menor tempo de desligamento atendem exclusivamente Goiânia, exceto pelo Atlântico S1, que inclui também bairros de Aparecida de Goiânia.
A Equatorial afirmou que superou as metas acordadas com a Aneel para 2024. A empresa destacou que reduziu em 10,2 horas a média de duração das quedas (DEC) na percepção do cliente, diminuiu em 5,5 vezes a frequência de interrupções (FEC) e teve um Desempenho Global de Continuidade (DGC) de 1,19, abaixo do registrado em 2023 (1,66), indicando melhoria.
A Equatorial também ressaltou investimentos de R$ 4 bilhões em dois anos, com modernização de 203 subestações, construção de seis novas unidades e ampliação de linhas de distribuição.

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