Catador denuncia suposta coação por parte da empresa de coleta seletiva em Jaraguá

09/10/2025 (09hs47m) - O catador de materiais recicláveis Joel Delfino, de 64 anos, procurou a Folha de Jaraguá para denunciar que estaria sendo coagido por representantes da empresa privada responsável pela coleta seletiva de lixo no município.

Segundo ele, o episódio ocorreu após ter recolhido uma sacola laranja, do mesmo tipo distribuído pela empresa para que moradores separem o lixo reciclável. Joel relatou que, por conta disso, foi abordado, ameaçado e teve a placa de sua motocicleta anotada.

“Eu só peguei uma sacola que estava jogada, não roubei nada de ninguém. Eles me abordaram e disseram que o lixo de Jaraguá pertence à empresa, que eu não poderia recolher”, afirmou o catador à reportagem.

Joel contou que trabalhava no antigo lixão da cidade, antes de seu fechamento, e chegou a tentar vaga na empresa de coleta seletiva. No entanto, segundo ele, as oportunidades seriam direcionadas a um grupo específico de pessoas, o que o levou a continuar trabalhando por conta própria nas ruas da cidade.

“Eu não tenho nenhum benefício social. Vivo da reciclagem. Só quero poder trabalhar em paz, sem ser perseguido”, desabafou.

O catador também afirmou que, conforme foi informado durante a abordagem, a empresa teria alegado agir “por ordem do prefeito Paulo Vitor”, segundo a qual todo o lixo de Jaraguá pertenceria à concessionária privada.

IMPORTANTE - A reportagem irá procurar a Prefeitura de Jaraguá e a empresa de coleta seletiva para se manifestarem sobre as declarações do catador.