Caiado pede impeachment do Desembargador que defendeu o fim da PM
02/11/2023 (11hs35m) - O desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo defendeu o fim da Polícia Militar (PM) durante um julgamento da seção criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Após a repercussão da fala, o governador Ronaldo Caiado (UB) chamou o magistrado de “inconsequente” e pediu o impeachment dele.
Em nota, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) repudiou as falas, que foram consideradas inaceitáveis e desrespeitosas (íntegra no final da matéria). Também em nota, o TJGO esclarece que as falas são opiniões e compreensões pessoais do desembargador, além de destacar a importância da corporação.
Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) afirma que não se posiciona sobre falar de juízes e desembargadores .
Em nota, o desembargador disse que não teve o intuito de "afetar a credibilidade institucional da Polícia Militar nem de seus dignos integrantes"
As falas de Camargo aconteceram na manhã desta quarta-feira (1º) durante uma sessão de julgamento do TJGO, que era transmitida ao vivo (assista vídeo abaixo). No vídeo, o desembargador comenta sobre os abusos e os excessos durante operações policiais e, neste momento, diz que a PM é despreparada.
“Isso não pode mais se repetir e, aliás, aqui vai uma reflexão pessoal, para mim, tem que acabar com a Polícia Militar, para mim”, afirma.
Camargo alega que a corporação é uma reserva técnica do Exército e que o papel dela é enfrentar inimigos. “Por isso vemos abusos e excessos seguidos e recorrentes. A PMGO é invisível”, completa. O desembargador diz ainda que deve instituir uma forma diferente para atuar na investigação e repressão ao crime.
“Vejam nos jornais a quantidade de confrontos e ninguém leva um tiro. Morrem 4, 5 e 6 e isso não é por preparo, nós sabemos porque é”, finaliza.
Pedido de impeachment
Após a repercussão das falas do desembargador, o governador, que está em viagem internacional, publicou nesta quinta-feira (2) um vídeo nas redes sociais em que se posiciona sobre os comentários de Camargo. Caiado afirma que a opinião do desembargador é uma agressão à PM e um atentado à Constituição Brasileira.
“São as maiores agressões e, sem dúvida, um verdadeiro crime contra a Polícia Militar, que eu tenho orgulho em ser o comandante chefe”, destaca.
Caiado questiona os conhecimentos de Camargo a respeito da Constituição Brasileira, que prevê a criação da PM para garantir o estado democrático de direito. “Ao pedir a extinção da nossa PM, você está atentando contra o estado democrático de direito ou está cooptado por outras forças do crime”, afirma o governador.
No vídeo, Caiado ainda pede respeito à PM. “Sua fala deve ser avaliada pelo conselho de ética do tribunal, que deve lhe impor impeachment, pois você não tem qualidades mínimas para responder com o título de desembargador”, diz. O governador ainda chama Camargo de agressivo e inconsequente.
“Você é um cidadão desrespeitoso, agressivo, inconsequente e que precisa aprender que não é [...] em um julgamento você emite sua opinião”, enfatiza.
Por fim, Caiado destaca que responde pela PM e que as críticas devem ser direcionadas a ele. “Mandei o procurador geral construir um documento ao corregedor para que as penas sejam muito bem aplicadas em um cidadão que não tem a qualificação mínima de ser desembargador”, finaliza.
Íntegra da nota da PMGO
Com respeito à justiça, leis, autoridades e aos cidadãos goianos, esta nota de desagravo, em nome da Polícia Militar de Goiás, reafirma com firmeza nosso inabalável compromisso em servir e proteger a população, com uma dedicação incansável na implacável luta contra a criminalidade e na garantia da segurança pública
Desembargador defende o fim da Polícia Militar
Camargo alega que a corporação é uma reserva técnica do Exército e que o papel dela é enfrentar inimigos. “Por isso vemos abusos e excessos seguidos e recorrentes. A PMGO é invisível”, completa. O desembargador diz ainda que deve instituir uma forma diferente para atuar na investigação e repressão ao crime.
“Vejam nos jornais a quantidade de confrontos e ninguém leva um tiro. Morrem 4, 5 e 6 e isso não é por preparo, nós sabemos porque é”, finaliza.
Pedido de impeachment
Após a repercussão das falas do desembargador, o governador, que está em viagem internacional, publicou nesta quinta-feira (2) um vídeo nas redes sociais em que se posiciona sobre os comentários de Camargo. Caiado afirma que a opinião do desembargador é uma agressão à PM e um atentado à Constituição Brasileira.
“São as maiores agressões e, sem dúvida, um verdadeiro crime contra a Polícia Militar, que eu tenho orgulho em ser o comandante chefe”, destaca.
Caiado reage pedindo impeachment do magistrado após fala
Caiado questiona os conhecimentos de Camargo a respeito da Constituição Brasileira, que prevê a criação da PM para garantir o estado democrático de direito. “Ao pedir a extinção da nossa PM, você está atentando contra o estado democrático de direito ou está cooptado por outras forças do crime”, afirma o governador.
No vídeo, Caiado ainda pede respeito à PM. “Sua fala deve ser avaliada pelo conselho de ética do tribunal, que deve lhe impor impeachment, pois você não tem qualidades mínimas para responder com o título de desembargador”, diz. O governador ainda chama Camargo de agressivo e inconsequente.
“Você é um cidadão desrespeitoso, agressivo, inconsequente e que precisa aprender que não é [...] em um julgamento você emite sua opinião”, enfatiza.
Por fim, Caiado destaca que responde pela PM e que as críticas devem ser direcionadas a ele. “Mandei o procurador geral construir um documento ao corregedor para que as penas sejam muito bem aplicadas em um cidadão que não tem a qualificação mínima de ser desembargador”, finaliza.
Íntegra da nota da PMGO
Com respeito à justiça, leis, autoridades e aos cidadãos goianos, esta nota de desagravo, em nome da Polícia Militar de Goiás, reafirma com firmeza nosso inabalável compromisso em servir e proteger a população, com uma dedicação incansável na implacável luta contra a criminalidade e na garantia da segurança pública.
Repudiamos com veemência os inaceitáveis e desrespeitosos comentários proferidos na Sessão Criminal de hoje, 01 de novembro de 2023, que ousaram questionar o nosso papel essencial e a dedicação incansável de nossos bravos policiais em servir à comunidade.
Tais comentários distorcidos e prejudiciais não possuem qualquer respaldo na realidade de nossa instituição, nem no compromisso diário e inquebrantável de nossos valorosos policiais.
Repudiamos tais generalizações injustas e negativas.
Com orgulho, reconhecemos que, graças aos incansáveis esforços de nossos policiais, Goiás se destaca como uma fortaleza de segurança no Brasil, atraindo cidadãos e impulsionando o vigoroso desenvolvimento econômico e social de nossa região.
Ao longo de 165 anos de história, evoluímos, aprimoramos profissionais e adotamos práticas embasadas em princípios legais e de direitos humanos, mantendo o compromisso com a transparência, a responsabilidade e a busca incessante pela excelência, visando intransigentemente a segurança e o bem-estar da sociedade goiana.
Estamos sempre dispostos a um diálogo construtivo e a um constante aprimoramento na implacável batalha contra a criminalidade.
Continuaremos nossa incansável missão de erradicar o crime e de proporcionar um ambiente de segurança a todos os cidadãos de Goiás.
Íntegra da nota do TJGO
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás esclarece que compreensões ou opiniões expressadas por magistrados, em suas decisões e julgamentos, representam entendimento e convencimentos pessoais.
Desembargador defende o fim da Polícia Militar
Camargo alega que a corporação é uma reserva técnica do Exército e que o papel dela é enfrentar inimigos. “Por isso vemos abusos e excessos seguidos e recorrentes. A PMGO é invisível”, completa. O desembargador diz ainda que deve instituir uma forma diferente para atuar na investigação e repressão ao crime.
“Vejam nos jornais a quantidade de confrontos e ninguém leva um tiro. Morrem 4, 5 e 6 e isso não é por preparo, nós sabemos porque é”, finaliza.
Pedido de impeachment
Após a repercussão das falas do desembargador, o governador, que está em viagem internacional, publicou nesta quinta-feira (2) um vídeo nas redes sociais em que se posiciona sobre os comentários de Camargo. Caiado afirma que a opinião do desembargador é uma agressão à PM e um atentado à Constituição Brasileira.
“São as maiores agressões e, sem dúvida, um verdadeiro crime contra a Polícia Militar, que eu tenho orgulho em ser o comandante chefe”, destaca.
Caiado reage pedindo impeachment do magistrado após fala
Caiado questiona os conhecimentos de Camargo a respeito da Constituição Brasileira, que prevê a criação da PM para garantir o estado democrático de direito. “Ao pedir a extinção da nossa PM, você está atentando contra o estado democrático de direito ou está cooptado por outras forças do crime”, afirma o governador.
No vídeo, Caiado ainda pede respeito à PM. “Sua fala deve ser avaliada pelo conselho de ética do tribunal, que deve lhe impor impeachment, pois você não tem qualidades mínimas para responder com o título de desembargador”, diz. O governador ainda chama Camargo de agressivo e inconsequente.
“Você é um cidadão desrespeitoso, agressivo, inconsequente e que precisa aprender que não é [...] em um julgamento você emite sua opinião”, enfatiza.
Por fim, Caiado destaca que responde pela PM e que as críticas devem ser direcionadas a ele. “Mandei o procurador geral construir um documento ao corregedor para que as penas sejam muito bem aplicadas em um cidadão que não tem a qualificação mínima de ser desembargador”, finaliza.
Íntegra da nota da PMGO
Com respeito à justiça, leis, autoridades e aos cidadãos goianos, esta nota de desagravo, em nome da Polícia Militar de Goiás, reafirma com firmeza nosso inabalável compromisso em servir e proteger a população, com uma dedicação incansável na implacável luta contra a criminalidade e na garantia da segurança pública.
Repudiamos com veemência os inaceitáveis e desrespeitosos comentários proferidos na Sessão Criminal de hoje, 01 de novembro de 2023, que ousaram questionar o nosso papel essencial e a dedicação incansável de nossos bravos policiais em servir à comunidade.
Tais comentários distorcidos e prejudiciais não possuem qualquer respaldo na realidade de nossa instituição, nem no compromisso diário e inquebrantável de nossos valorosos policiais.
Repudiamos tais generalizações injustas e negativas.
Com orgulho, reconhecemos que, graças aos incansáveis esforços de nossos policiais, Goiás se destaca como uma fortaleza de segurança no Brasil, atraindo cidadãos e impulsionando o vigoroso desenvolvimento econômico e social de nossa região.
Ao longo de 165 anos de história, evoluímos, aprimoramos profissionais e adotamos práticas embasadas em princípios legais e de direitos humanos, mantendo o compromisso com a transparência, a responsabilidade e a busca incessante pela excelência, visando intransigentemente a segurança e o bem-estar da sociedade goiana.
Estamos sempre dispostos a um diálogo construtivo e a um constante aprimoramento na implacável batalha contra a criminalidade.
Continuaremos nossa incansável missão de erradicar o crime e de proporcionar um ambiente de segurança a todos os cidadãos de Goiás.
Íntegra da nota do TJGO
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás esclarece que compreensões ou opiniões expressadas por magistrados, em suas decisões e julgamentos, representam entendimento e convencimentos pessoais.
O Poder Judiciário estadual, que é representado pelo Presidente do Tribunal de Justiça, tem em elevado conceito a Polícia Militar do Estado de Goiás que, historicamente, tem prestado relevantes serviços à população goiana e merece o respeito e a consideração do TJGO.
Íntegra nota desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo
A Polícia Militar merece a consideração e a admiração de todos, e deve continuar com seu valoroso trabalho. Como toda organização civil ou militar, necessita de permanente estímulo e aprimoramento para melhor servir aos cidadãos.
Ante a intensidade dos debates travados em sessão de julgamento no dia 1º de novembro, quarta-feira, ao que tudo está a indicar, diante da repercussão que se seguiu, não houvera andado bem ao registrar uma impressão pessoal que não expressa adequadamente minhas ponderações sobre a quase bicentenária instituição.
Todavia, jamais me ocorreu o objetivo de afetar a credibilidade institucional da Polícia Militar nem de seus dignos integrantes.
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