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Parque onde adolescentes ficaram feridas, em Ceres, havia sido interditado em 2017

  • Folha de Jaraguá
  • 27 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

O último dia da Feira da Indústria e Comércio de Ceres (Feicer), festa da região do Vale do São Patrício que acontece há 17 anos, foi de desespero. Quatro adolescentes ficaram feridas depois de serem arremessadas de um brinquedo mecânico do parque de diversões itinerante do evento, o Tecnopark, na madrugada de ontem. Uma delas teve traumatismo craniano e está internada em estado gravíssimo. O mesmo parque já foi interditado por decisão da Justiça durante a Feicer de 2017 por não ser considerado seguro. O Corpo de Bombeiros alega que atualmente a situação era regular.

As quatro adolescentes estavam no brinquedo radical Surf, formado por assentos enfileirados lado a lado que giram em torno de um eixo. Elas caíram com ele ainda em movimento porque as travas da barra de segurança não teriam funcionado. A primeira vítima a cair, Isabela do Amaral Vieira, de 16 anos, foi arremessada sobre a escada que dá acesso à estrutura da atração. Nesse momento, o brinquedo já estaria desligada e se movendo mais lento, próxima de parar.

Segundo um dos sócios do Tecnopark, Anderson Amorim, o operador do brinquedo correu para acudir Isabela ao perceber a situação e sem querer acionou a alavanca que religa o brinquedo, ao invés de acionar os freios. “Ela caiu embaixo da máquina. Se ele não puxa, o brinquedo tinha matado ela. Ele teve um ato heróico, mas ao mesmo tempo infeliz de apertar a alavanca errada”, diz o proprietário. As outras três adolescentes caíram em seguida.

Em agosto do ano passado, o Tecnopark foi interditado por uma decisão da Justiça, após pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). Na época, o promotor de Ceres, Florivaldo Vaz de Santana, considerou que o parque não tinha as condições mínimas de segurança para estar em funcionamento. Fotos anexadas ao processo mostravam que brinquedos estavam fixados sobre pedaços de madeira e tijolos.

Laudo de engenharia

Outro problema apontado em 2017 foi a falta de assinatura por profissional adequado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para aprovação dos brinquedos mecânicos e parte elétrica.

A reportagem teve acesso a parte da documentação atual para a operação do Tecnopark nos dias do evento. O Certificado de Conformidade dos Bombeiros aponta a existência de sistema preventivo contra incêndio, mas também diz que a documentação só possui validade se anexada com a ART.

O major do Corpo de Bombeiros de Ceres Rhevysson Martins e o sócio do Tecnopark afirmam que esse laudo de engenharia foi feito. Amorim diz que não pode enviá-lo para a reportagem porque ele estaria com a Polícia Civil. A reportagem tentou contato com o delegado responsável pelo caso, Matheus Melo, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Ceres e Rialma (Acicer), responsável pela Feicer, Leandro Ramos, diz que a entidade não tem relação com o parque pois ele ficaria na área externa da feira, que já estaria fechada na hora do acidente. A Polícia Técnico Científica realizou perícia e todos os brinquedos, com exceção do Surf, foram desmontados e levados para a sede do Tecnopark em Brasília. (Redação com informações Jornal O Popular)

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