Técnica de enfermagem é presa em Goianésia por falsificação e se passar por médicos
24/10/2022 (18hs14m) - A Polícia Civil por meio do GEPATRI de Goianésia, foi cumprida na manhã de domingo, 23/10, mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, expedido em desfavor de uma mulher, de 37 anos, investigada pela prática dos crimes de estelionatos e falsificação de documento.
As investigações iniciaram no dia 18, após duas pessoas procurarem a Polícia Civil e noticiarem os fatos. Em meados de março deste ano, a investigada procurou as vítimas e disse que passou em um concurso público de nível nacional que lhe concedeu o direito de prestar serviços para empresas privadas.
No intuito de ludibriar as vítimas, a técnica de enfermagem apresentou um contrato celebrado com uma empresa multinacional para prestação de serviços na área da saúde do trabalho. O contrato anual ultrapassaria quatro milhões de reais.
Informou que seria necessário a abertura de uma empresa para prestar os serviços, de um capital de abertura e de giro. Informou às vítimas que não possuía o dinheiro, bem como que estaria com leucemia e propôs que, após a formalização do contrato junto a empresa, ela as contrataria, pagando a quantia de R$ 5 mil e R$ 10 mil. As vítimas, então, se propuseram a ajudar a investigada, a fim de garantir a formalização do contrato, e repassaram o dinheiro solicitado.
Para dar credibilidade ao esquema criminoso, a investigada criou um grupo de WhatsApp com os supostos colaboradores da empresa, entre eles, médicos, técnicos de enfermagem, técnicos em segurança do trabalho, entre outros profissionais.
No decorrer dos fatos, a investigada emitiu passaporte, alegando ser necessário realizar treinamento no Canadá, que ocorreria, em tese, no próximo dia 24.
Em virtude da demora na formalização do contrato, as vítimas decidiram procurar a mineradora multinacional, ocasião em que descobriram que a proposta de trabalho jamais existiu e que o contrato apresentado era fraudulento.
Assim, diante da gravidade dos fatos, a Polícia Civil representou pela decretação de algumas medidas cautelares, dentre elas, a prisão preventiva e de busca e apreensão, que foi deferida pelo Poder Judiciário.
Durante as diligências, a Polícia Civil apreendeu três aparelhos celulares em poder da investigada, além de notebooks, pendrives, chips telefônicos, contrato com a empresa multinacional, diversos receituários de controle especial, entre outros documentos.
De acordo coma polícia, a análise do material apreendido possibilitará verificar se há outras pessoas envolvidas no esquema fraudulento, identificar mais vítimas e outros crimes conexos. O prejuízo financeiro às vítimas ultrapassou R$ 37 mil.
Poliana Bergamo, delegada que investiga o caso, explicou que a suspeita poderá responder pelo crime de estelionato e falsidade de documento particular, que prevê pena de 01 a 05 anos de prisão, para cada crime. Ela foi encaminhada ao Presídio Regional Feminino, em Barro Alto, e se encontra a disposição do Poder Judiciário.
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