MST invade fazenda em Goiás e quer que governo federal destine a Reforma Agrária
26/03/2023 (09hs18m) - Mais de 600 famílias ocuparam a Fazenda São Lukas, neste sábado (25), em Hidrolândia, Região Metropolitana da capital. De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Goiás, a ação busca fazer com que o local seja destinado à reforma agrária, uma vez que anteriormente a fazenda pertencia a um grupo condenado por crimes de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas.
De acordo com o MST, o objetivo da ocupação foi fazer com que uma área que anteriormente era “usada para violentar mulheres”, seja destinada para o assentamento dessas famílias. Após a condenação do grupo, desde 2016, a área se tornou patrimônio da União.
Em nota no início da noite deste sábado, a PM informou que esteve presente no local, acompanhou e adotou todas as ações necessárias para garantir a segurança de todos os envolvidos e afirmou que não há mais ocupação no local.
Ainda segundo o movimento, a Polícia Federal informou que o grupo condenado por utilizar o local para fins criminosos era composto por 18 pessoas. Essa fazenda, de acordo com o MST, era usada para "para aprisionar dezenas de mulheres, muitas delas adolescentes, que posteriormente eram traficadas para a Suíça e submetidas a exploração sexual".
O movimento está sendo mediado pelo Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino e e pela Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil. Os órgãos afirmaram que entraram em contato com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e disse que a pasta "já havia sido informada da ocupação pela Controladoria- Geral da União (CGU)".
Os órgão mediadores explicam que esperam que a área seja entregue ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de reforma agrária. Informações g1 Goiás.
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