Ministro da Agricultura critica invasões do MST e defende armas para homem do campo
05/04/2023 (05hs44m) - Em meio ao início do abril vermelho, no qual o Movimento Sem Terra (MST) promete intensificar ações, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a invasão de propriedades produtivas por parte do movimento. Nesta terça-feira, 250 integrantes do MST ocuparam 800 hectares de três engenhos no município de Timbaúba, em Pernambuco.
O programa de apoio à reforma agrária, no governo do presidente Lula, tem as portas abertas. Não se faz necessário através de movimentos radicais, através de invasão de terra produtiva. Até porque tem lei que proíbe isso. Terra invadida não é passível de reforma agrária. Tem lei. A Justiça manda fazer a reintegração, o Estado cumpre e acabou — afirmou Fávaro durante entrevista coletiva em Brasília.
O ministro também teceu elogios ao que chamou de "belíssimo papel" e "belíssimo trabalho do MST" ao relatar visitas a cooperativas vinculadas ao movimento no Paraná.
Não precisa desvincular do sonho da terra, da luta por um pedaço de terra. Mas pode pensar no passo seguinte, da qualificação, do cooperativismo, e ter o apoio do governo — disse o Fávaro, antes de reforçar. — Este é um governo que tem as portas abertar para o MST dialogar e reivindicar um pedaço de terra. Invasão, não.
Segundo o MST, a ocupação em Pernambuco se deu porque a terra em questão não estaria cumprindo sua "função social, que é produzir alimentos para a sociedade". A nota sobre a ação, porém, atribui somente a "fontes", sem especificá-las, a informação de que a área seria improdutiva.
Em sua fala, Fávaro repetiu declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha ao defender que o homem do campo tenha direito a manter "uma ou duas armas" e "um pouco de munição" para fazer o que chamou de "primeira defesa". |. Via O Globo
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