Em visita ao oriente médio, Caiado pede desculpas à Israel por “fala infeliz” de Lula
19/03/2024 (13hs26m) - Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil, à esquerda na foto), e São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos, à direita na foto) se reuniram nesta terça-feira, 19, com o presidente de Israel, Isaac Herzog (ao centro na foto). Os dois viajaram a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em resposta aos ataques de Lula a Israel no conflito com o Hamas.
Em postagem nas redes sociais, Caiado disse que pediu desculpas aos israelenses pelas declarações de Lula, que evocou o Holocausto para reclamar da reação de Israel aos ataques terroristas de 7 de outubro.
“Nossa agenda do dia em Israel começou com uma visita ao presidente do país, Isaac Herzog. Conversamos sobre os impactos do conflito, o rastro de destruição deixado e reforçamos a importância do diálogo e da promoção da paz. Fiz questão também de levar o meu pedido de desculpas a todos os israelenses por uma fala infeliz do presidente da república comparando a guerra ao holocausto. Saibam que serão sempre bem-vindos ao nosso estado”,
Contraponto
Caiado e Tarcísio fazem um contraponto a Lula com a viagem. Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também foram convidados, mas optaram por não viajar.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também recebeu um convite, mas precisa da liberação de seu passaporte pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir sair do país.
A movimetação no campo da direita em reação a Lula e em defesa de Israel tem como pano de fundo a sucessão presidencial de 2026. Bolsonaro está inelegível, o que abre o caminho para lideranças regionais como Tarcísio e Caiado.
Na sexta-feira, 15, Tarcísio adotou oficialmente no estado de São Paulo a definição de antissemitismo da IHRA (Aliança Internacional para a Recordação do Holocausto), durante encontro com representantes da comunidade judaica no Palácio dos Bandeirantes.
Já Caiado anunciou em fevereiro o primeiro memorial para as vítimas do 7 de outubro fora de Israel. VIA O Antagonista
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