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Eduardo Bolsonaro diz que operação contra generais é ‘cortina de fumaça’

20/11/2024 (09:16hs) - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, nesta terça-feira (19), que a operação da PF (Polícia Federal) para desarticular uma organização criminosa autora de tentativa de golpe de Estado e de restrição do Poder Judiciário é uma “cortina de fumaça”.


Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais, de acordo com o órgão. O grupo planejava matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Eles discutiram desde usar veneno a bomba.


Mas, para Eduardo, a investigação é uma “narrativa”, pois a conspiração não é crime. “Se eu disser que vou ali acabar com fulaninho de tal, isso é crime? Só existe a tentativa de um crime quando se inicia a execução. Isso é primeira aula de Direito Penal, qualquer pessoa sabe disso”, disse o deputado.


“Se por ventura foi cogitado, cogitação não faz parte de crime. Às vezes a gente briga em casa, fala às vezes coisas da boca pra fora, mas isso não é crime. Crime é o que esta na lei. Não existe crime sem lei penal”, continuou.


Ele criticou ainda a prisão dos militares tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o policial federal Wladimir Matos Soares, e o general Mário Fernandes. Segundo as investigações, o plano foi impresso no Palácio do Planalto e levado ao então presidente Jair Bolsonaro.


“Incrível saber que tem pessoas sendo presas por um crime que seria premeditado ainda em 2022. A prisão preventiva é uma exceção no Brasil. Não consigo enxergar como essas pessoas conseguiriam, neste momento, estarem ainda sujeitas a esse tipo de prisão”, declarou.


“Crime é artigo 121: matar alguém. Se ele tivesse começado a atirar, esfaquear e explodir alguém e por circunstância alheias a vontade dele, isso não tivesse se consumado, a gente teria a tentativa de homicídio”, pontuou Eduardo, que comparou o plano a ação de um grupo, que jogou futebol com uma réplica ultrarrealista da cabeça de Bolsonaro.


Eduardo ainda comparou o plano a facada que Bolsonaro levou, em 2018, de Adélio Bispo. “O que é mais grave?”, questionou.


Irmão de Eduardo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que, “por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime”.


“E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, continuou o senador.


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