Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões em 4 anos, no Cartão Corporativo menos que Lula e Dilma
13/01/2023 (06hs56m) - Em quatro anos de mandato, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 27,6 milhões no cartão corporativo disponibilizado para a Presidência da República.
Segundo levantamento da CNN, de 2019 a 2022, os gastos foram feitos com alimentação, hospedagem e transporte. Corrigido pela inflação do período, o valor é de R$ 32,6 milhões.
O montante foi inferior aos gastos por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) quando estavam à frente do Palácio do Planalto em seus respectivos primeiros mandatos. Confira:
Gastos presidenciais*:
Governo Bolsonaro (2019-2022) – R$ 32,6 milhões
Governo Dilma 1 (2011-2014) – 42,3 milhões
Governo Lula 1 (2003-2006) – R$ 59 milhões
* Valores corrigidos pela inflação
Um dos fatores que ajuda a explicar a diferença é a distinção na modalidade de despesas.
Bolsonaro concentrou seus gastos em alimentação, enquanto Lula e Dilma em hospedagens durante viagens oficiais ao exterior.
A Secretaria-Geral da Presidência da República, sob o terceiro mandato de Lula, fez uma revisão da classificação das informações de gastos no cartão corporativo e tornou públicos os gastos de Bolsonaro nesta quinta-feira (12).
A informação da divulgação dos dados foi publicada, inicialmente, pela “Fiquem Sabendo”, agência de dados públicos especializada na Lei de Acesso à Informação (LAI).
Bolsonaro gastou, por exemplo, um total de R$ 1,3 milhão em um hotel no Guarujá, onde passou férias, e R$ 16 mil na Academia das Agulhas Negras, onde também se hospedou em viagens ao Rio de Janeiro.
Os gastos com o cartão corporativo incluem despesas diárias dos palácios do governo e também custos com a comitiva presidencial em viagens tanto no país como no exterior.
Entre os gastos com alimentação, Bolsonaro efetuou 161 compras em uma peixaria no Guará, em Brasília. As compras no estabelecimento totalizaram pouco mais de R$ 312 mil.
Outro gasto que chama a atenção é a compra, em um único dia, de R$ 15 mil em uma lanchonete em São Paulo.
Os gastos do cartão corporativo foram colocados em sigilo até cem anos pelo antigo mandatário, alegando informações pessoais. Entretanto, a classificação dos dados foi revista e as informações liberadas.
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