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Gasolina acima de R$ 4 vai quebrar 20% dos postos em até três meses. Diz Sindiposto


O advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Antônio Carlos de Lima, prevê que 20% dos postos de combustíveis de Goiás acabem fechando com o aumento nos impostos. O reajuste foi anunciado pelo governo na última quinta-feira (20), informando que a tributação sobre a gasolina subiria R$ 0,41 por litro, sobre o diesel R$ 0,21 e para o etanol R$ 0,20.

Lima esclarece que a mudança nos valores também é prejudicial para os donos de postos, além de afetar o consumidor. “Nós temos 1.620 postos aqui no estado de Goiás e 39 distribuidoras, sendo que cada uma vende por um preço. A gasolina acima de R$ 4 vai quebrar 20% dos postos em um prazo de até três meses”, afirmou em entrevista à TV Anhanguera.

O preço da gasolina pode ultrapassar os R$ 4,10 a partir do dia 1º de agosto, devido ao novo cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Isso acontecerá, primeiro, porque cada distribuidora vende de um preço, quem compra mais combustíveis, reflete um preço mais barato para os postos que compram menos.

Álcool inviável

Além do impacto na gasolina, o aumento nos impostos também afetará o etanol. Segundo Antônio Carlos, PIS e Cofins não incidiam sobre os preços do combustível e, agora, passam a ser embutidos no valor comercializado do produto.

“O etanol ficava em uma posição boa, porque ele não tinha este tributo. Inclusive ainda estava, pelos nossos cálculos, vantajoso para motoristas de carros flex abastecerem com álcool. Agora ele vai deixar de ser competitivo, esse imposto colocado sobre o etanol matou o projeto de álcool no Brasil" frisou.

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