Forte pressão leva governador Ronaldo Caiado a reavaliar decreto

Atualizado: 12 de jun de 2020

13/05/2020 - Depois de vários prefeitos inclusive aliados de 1º hora na campanha eleitoral, cogitar a possibilidade de não acompanhar o decreto do governador Ronaldo Caiado, ele foi aconselhado a reavalizar o lockdown em Goiás. Haverá sim um decreto, mas talvez não tão severo como se pretendia, avalia um deputado da base e um assessor do governador. Prefeitos importantes, como Renato de Castro (Goianésia), Adbi Elias (Catalão), Paulo do Vale (Rio Verde), Roberto Naves (Anápolis), tendem a ouvir muito mais a população e os comerciantes a obedecer o decreto do governador.

Uma crítica recorrente é de que a primeira quarentena seria para preparar o sistema de saúde para evitar o colapso, 60 dias depois, nem todos os hospitais de campanha estão prontos, mesmo com quase 2,5 bilhões destinados a Goiás entre Estado e Municípios. Outro ponto é de que o governo não divulga o número de curados pela COVID-19, em muitas cidades que sofrem com a epidemia, esse percentual passa de 60%. Para uma população de 7,2 milhões de habitantes, apenas 1.115 casos, com uma maioria curada, não seriam argumentos fortes para impor uma nova quarentena.

O Presidente da CDL Jaraguá, Marcos Bispo, disse que nem a economia de Jaraguá e nem a Goiás aguenta uma nova quarentena, alegando que o comércio não é o culpado pelo surgimento de novos casos. Uma vez que nas últimas semanas, foi notícia em todo o estado a quantidade resenhas, festas particulares, com as pessoas desprotegidas, enquanto o comércio faz sua parte, com uso de mascaras, álcool gel e distanciamento. Isso sem contar as filas intermináveis em lotéricas e bancos que nunca passaram por qualquer fiscalização e às instituições sofreram quaisquer restrições.